Sobem as tarifas de pedágio no Estado de São Paulo

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Caminhoneiros do Oeste Paulista devem 'sofrer' com o reajuste. As tarifas começam a valer nesta quarta-feira (1º).

A partir desta quarta-feira, dia 1°, os pedágios das rodovias administradas por empresas privadas no Estado de São Paulo passam a cobrar de 4,11% a 8,47% mais caro pela tarifa e atinge motoristas de carros, ônibus e caminhões. No Oeste Paulista, de acordo com o economista Moisés Martins, uma das categorias afetadas pelo aumento é a dos caminhoneiros, com reflexo para toda a população.

O economista conta que esse aumento está ligado à "crise" que o país vive, que é a pior dos últimos 20 anos. “O aumento nos preços do pedágios é inoportuno. Hoje, nós precisamos que o governo tente segurar os impostos e não repasse os valores dessa queda na economia para a população”, comenta.

Martins diz que com o aumento nos valores cobrados nos pedágios, o frete cobrado pelos caminhoneiros poderá subir, com isso, os preços para o transporte de cargas aumentarão, o que prejudica o consumidor final. “Isso pode prejudicar até os agricultores, pois ficará mais caro transportar produtos como tomates, verduras e legumes”, explica.

Os valores, para o aumento do preço dos pedágios, foram calculados de acordo com as variações do Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) ou do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), no período de julho de 2014 a maio de 2015.

Em Presidente Bernardes, o valor da tarifa cobrada para motos será de R$ 3,15 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 6,30. Na praça de pedágio em Caiuá, a tarifa cobrada para motos será de R$ 2,15 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 4,30.
Nas praças de pedágio de Regente Feijó e Rancharia, a tarifa cobrada para motos será de R$ 2,85 e para veículos de passeio e caminhões, por eixo, será de R$ 5,70.

Artesp

Em nota, a Agência de Trasporte do Estado de São Paulo (Artesp) explica que pedágio é o principal recurso para manter as rodovias concedidas. Somente a operação e conservação da malha rodoviária paulista sob concessão custa, em média, R$ 190,7 milhões por mês.

A nota informa que em obras de ampliação da malha rodoviária paulista, foram investidos mais de R$ 9 bilhões desde 2011. E desde o início do Programa de Concessões Rodoviárias paulista, em 1998, até abril de 2015, as pistas já receberam mais de R$ 82,4 bilhões em obras, conservação e melhorias. Verbas essas provenientes das tarifas de pedágio, sem nenhum centavo dos cofres públicos.

*Com informações do G1