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O diretor-superintendente da ECO101, Paulo Roberto Hanke, afirmou em audiência pública de comissão externa da Câmara, que as obras de duplicação da BR-101, no Espírito Santo, estão em andamento. Mas reconheceu que não há condições de entregar metade de todo o trecho até 2019, como era previsto. A ECO101 é a concessionária da via.

Paulo Roberto explicou que devido a problemas que envolvem o governo do estado do Espírito Santo e o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a empresa passa por um momento de grande frustação:

“O estado do Espírito Santo enfrentou e enfrenta ainda uma crise sem precedentes. Nós tivemos uma queda brutal do PIB, muito superior ao PIB brasileiro, o problema da Samarco, tivemos questões com a Petrobras, o fim do incentivo do Fundap (Fundo de Desenvolvimento das Atividades Portuárias); tivemos questões técnicas, a não duplicação da BR-116, que é uma concorrência desleal com a 101…”

A concessionária tem uma dívida de mais de R$ 32 milhões em multas. No entanto, o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Luiz Bastos, afirmou que, após a concessão para a ECO em 2013, houve melhoras na rodovia:

“Ela diminuiu sensivelmente o número de acidentes na rodovia.”

O autor do pedido de audiência pública, deputado Helder Salomão (PT-ES), lembrou um acidente com vários veículos que ocorreu na rodovia no dia 22 de junho, deixando 23 mortos e 19 feridos, próximo ao município de Guarapari. Ele citou uma série de problemas nos serviços da via, como balanças de pesagem de caminhões que não funcionam 24 horas e o atraso nas obras de duplicação:

“Temos uma série de questões que, combinadas, explicam que, se não agirmos com mais rapidez e mais severidade, infelizmente, voltaremos a ter mais problemas naquela rodovia.”

O deputado afirmou, ainda, que a solução não está só na duplicação, mas que ela permite um tráfego mais seguro.

Fonte: Agência Câmara de Notícias