Em artigo publicado pela Folha de São Paulo, o presidente da CNT, Clésio Andrade, apresentou a sua visão de futuro para o crescimento econômico do Brasil. De fato, é preciso modernizar as relações de trabalho no país. É preciso fazer o Brasil voltar a crescer, e ele, como representante do transporte brasileiro enxerga com notoriedade essa necessidade.
A aprovação da reforma trabalhista traz consigo a promessa de aumento de investimentos, a geração de empregos e a segurança jurídica necessária ao modelo moderno de contratações.
Não há dúvidas de que as empresas se tornarão mais competitivas e estáveis, afinal haverá uma liberdade na hora de contratar ou demitir, além de flexibilizar as jornadas de trabalho e os tipos de contratação.
Entretanto, qual será o novo cenário para o caminhoneiro autônomo? Como ficará sua jornada de trabalho e o pagamento da hora parada de descanso? Será que teremos menos conflitos e maior capacidade de negociação?
A promessa era de que haveria queda da inflação e das taxas de juros, algo que beneficiaria a todo o Brasil. Entretanto até o momento, o caminhoneiro autônomo não colheu os frutos iniciais desta reforma. Pelo contrário. Estamos pagando o aumento do diesel após as alteração das alíquotas do PIS e COFINS.
Além disso, o caminhoneiro continua a sofrer a falta de uma tabela de frete que garanta certa estabilidade da remuneração recebida no transporte rodoviário de cargas.
Espera-se, no entanto, que o Governo e o Congresso Nacional, que tanto persistiram pela aprovação da reforma trabalhista, que se comprometam com o transporte autônomo de cargas e promova as melhorias para que todas as promessas advindas da aprovação desta reforma cheguem até o caminhoneiro.
Mais de meio milhão de transportadores aguardam as boas novas! Que seja breve! Caso contrário não teremos o avanço necessário para recolocar o Brasil no patamar das nações modernas, sustentáveis e competitivas do mundo.
José da Fonseca Lopes